CANTORES:
Samira
Monteiro Pereira, 27 anos, solteira, professora de educação física, natural de
Belo Horizonte, mas mora em São Gotardo desde os 10 anos, no bairro São
Vicente.
Lucian
Mendonça Marques, 26 anos, solteiro, motorista, natural de São Gotardo, mora no
bairro São Lucas.
MSG: Qual a
importância da música para vocês?
Cantores:
Em primeiro lugar, a música é o nosso sonho desde pequenos. Não vemos como um
trabalho, e sim como uma diversão.
MSG: Quando começaram a se interessar?
Cantores:
Começamos a nos interessar bem cedo. Cantávamos nos corais das igrejas. A
cidade promovia festivais de músicas e sempre participávamos. Antes formávamos
dupla com outras pessoas, mas já faz um ano que estamos juntos.
MSG: Quais são as dificuldades de seguir essa carreira?
Samira: A
concorrência no mundo da música é grande e é difícil correr atrás de algo em que
há tanta gente também com talento em busca desse sonho. É difícil a falta de
apoio e na maioria das vezes chegar em lugares totalmente desconhecidos.
Lucian: Para nós é complicado saber que todo
dia damos duro, mas lá fora o mundo às vezes se torna ingrato, nos dedicamos
cada dia mais
MSG: Vocês têm feito muitos shows? Fora da cidade?
Cantores:
Sim, principalmente fora da cidade como, por exemplo, Patos de Minas, Rio
Paranaíba, Lagoa Formosa, Matutina, Tiros, Araxá.
A região
toda está nos acolhendo muito bem e desde novembro do ano passado estamos
fazendo shows praticamente todo fim de semana.
MSG: Se dedicam exclusivamente à música? Ou têm outros
empregos?
Cantores:
Infelizmente não conseguimos dedicar nosso tempo somente à música porque viver
só da música ainda não é possível.
Samira: Eu
trabalho na academia do clube campestre e no PROMAN, como professora de
educação física.
Lucian: Trabalho
como motorista.
MSG: Nesse ano de 2015, São Gotardo completa
100 anos, vocês gostariam de deixar uma mensagem para nossa cidade?
Cantores:
São Gotardo é considerada rica na agricultura, mas somos ricos em talentos
também _ pois não só a nossa dupla, mas temos vários outros artistas como
bandas de rock, samba, pagode, viola, etc _ mas que acabam ficando escondidos
pelo fato de não ter oportunidade de se mostrarem, como antigamente, quando
tinha o palco alternativo na FENACEN, que levava os cantores da terra. Porém,
isso não acontece mais, o que deixa um pouco a desejar. Afinal, se tivéssemos
oportunidades, sairiam grandes talentos daqui. Que nossa cidade apoie e
valorize mais seus artistas. Parabéns pelos 100 anos, que nossa cidade continue
sempre linda e crescendo.
Entrevista:
Roberta Cardoso de Oliveira, Joyce Maria Martins, 3º ano 03.
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