É
comum ter um certo apego e ligação ao seu país de origem, estado e cidade. Entretanto,
acredito que esse sentimento de carinho se demonstre mais intenso em municípios
do interior, onde parece se criar um vinculo maior de amizades e de
identificação com o próprio lugar em si. E é exatamente isso que ocorre bem
aqui, em São Gotardo!
A
cidade de São Gotardo tem suas origens no século XIX, através das várias
expedições que cruzavam a região em busca de ouro e pedras preciosas, abundantes
nos vários rios das redondezas. Com o tempo, foram-se aglomerando pessoas e
desenvolveu-se o povoado que alguns anos depois viria a ser São Gotardo, que
detém esse nome em clara homenagem a seu fundador Joaquim Gotardo de Lima.
No
entanto, foi a partir da década de 70 do século XX que o município cresceu
exponencialmente, desenvolvimento esse impulsionado pela implementação do PADAP
(Programa de Assentamento Dirigido do Alto Paranaíba), em que houve o
desapropria- mento de grandes latifúndios para posterior divisão em lotes
menores, com o intuito de se plantar nessas terras, antes incultiváveis. Tal
programa provocou um grande fluxo migratório de nipo-brasileiros, que se
encaminharam a São Gotardo para efetuarem o cultivo nas áreas disponibilizadas.
O
programa acima citado trouxe bastantes frutos para a cidade, hoje o município é
destacado como um grande celeiro nacional, abastecendo grande parte do país com
vários gêneros agrícolas, como soja, alho, milho, café e principalmente
cenoura, tanto é que a cidade recebeu a alcunha de capital nacional da cenoura,
gerando uma grande festa anual: a FENACEN (Festa Nacional da Cenoura), que
ocorre a mais de uma década e reúne milhares de pessoas a cada ano.
Terra
de costumes bastante tradicionais e característicos, podemos citar os numerosos
eventos religiosos que permeiam as datas comemorativas, como as Folias de Reis,
que ocorrem em meados de dezembro e Janeiro, onde um cortejo formado por foliões
e admiradores visitam as moradias dos devotos com cânticos de adoração aos
Santos Reis.
Creio
que são coisas simples, como ir aos sábados no estádio citadino torcer pelo Sparta,
realizar uma caminhada na orla do Balneário em um fim de tarde ou até mesmo a
reunião familiar nos almoços de domingo na casa dos avós, que tornam a vivência
e convivência em São Gotardo tão prazerosa. Enfim, é bom morar aqui porque de
certa forma a cidade faz parte de mim, e é gratificante ter a certeza que eu
também faço parte da história de São Gotardo.
Como já dizia um amigo meu: “ São Gotardo, não
te aguento, mas não te largo! ”
Por Leonardo Fernandes
Lopes, 3º ano 03.
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