Fundação do Arraial
Em 1836, o cidadão Joaquim
Gotardo de Lima e sua família chegaram ao sopé (parte inferior de uma rocha,
colina ou montanha) de uma colina à margem da Mata da Corda, onde hoje se
encontra São Gotardo.
Gotardo foi pioneiro na formação
de um primitivo arraial e o precursor de uma campanha que se tornou patriótica:
a da fundação das bases de uma florescente povoação, que é hoje a cidade de São
Gotardo.
Joaquim Gotardo de Lima teve por
berço o então Arraial das Carrancas, sul de Minas.
Família de Joaquim Gotardo
Quanto à árvore genealógica da
família do capitão Joaquim Gotardo de Lima e sua esposa Mariana Gotardo de
Lima. Tiveram filhos: Maria, casada com Francisco Fernandes Barbosa; Urselino
Gotardo de Lima; Coleta Tavares de Lima, que se casou com o capitão de
exército, Tristão Tavares de Almeida, estes tiveram dois filhos: Maestro
Joaquim Tristão de Almeida e Tristão Tavares de Lima.
O Topônimo ‘‘Confusão’’
Em 1852, o povoado primitivo,
até então denominado de Confusão, foi elevado à categoria de Distrito de Paz,
passando a ter o nome de São Sebastião do Pouso Alegre.
Encontra-se duas versões
históricas para esclarecimento do topônimo Confusão: uma com aspecto lendário,
conta que desbravadores do sertão mineiro alcançaram o local da Guarda dos
Ferreiros a poucos quilômetros de São Gotardo. A região era cheia de negros do
Quilombo dos Poções e de índios Araxás, que eram belicosos. Os expedicionários,
em face de arrastarem uma situação de luta, viram-se numa verdadeira
“confusão”.
A outra versão provém do
seguinte: em 1821 apareceu um fazendeiro chamado Domingos Pereira de Araújo
Caldas, com o objetivo de fazer uma justificação sobre suas terras. Ao ser
interrogado disse ser proprietário e morador na fazenda ‘‘Confusam’’, situada
na dita freguesia.
Cortando a cidade está o Córrego
que recebeu o nome de Confusão.
Em 1885, o deputado provincial
padre Miguel Kerdole Dias Maciel, propôs a lei que fez com que o arraial da
Confusão passasse a denominar-se São Gotardo, em homenagem ao seu fundador.
Transferência da sede do
município de Rio Paranaíba para São Gotardo
A população desejava ampliar seu
desenvolvimento para edificar um futuro de progresso e, como primeiro fator,
seria a emancipação administrativa.
Assim surgiu a ideia de
transferência da sede da Vila do Rio Paranaíba para São Gotardo, cujas riquezas
econômicas e possibilidades comerciais davam-lhe este direito.
Deram início a esse movimento o
saudoso Cel. Frederico Coelho Duarte juntamente com a cooperação de patriotas
como Antônio Lopes Fonte Boa e outros que em 1914 conseguiram a medida
pleiteada pela Lei n.º 662, concedendo a transferência.
O governo do Estado exigiu como
condição, para a transferência da sede do município, fossem construídos dois
prédios públicos: o Fórum e Cadeia, e o Grupo Escolar.
Cerca de um ano depois, foi
marcada a data da instalação da Vila (município) a qual se realizou no dia 30
de setembro de 1915. Nesse dia, houve o hasteamento da Bandeira Nacional,
ouvindo-se no momento o hino nacional e três salvas de vinte e um tiros. Foi um
dia festivo de intenso júbilo.
Em 30 de setembro de 1915, o
povoado foi emancipado administrativamente, o que significa que foi nessa data
que São Gotardo se tornou um município independente. Por isso é nessa data que
se comemora o aniversário da cidade.
Guarda dos Ferreiros
Um povoado localizado a nove
quilômetros da cidade de São Gotardo, que outrora fora lugar de um posto de
fiscalização de contrabandistas de pedras preciosas, hoje é um distrito de paz.
Data de 1790 o aparecimento dos Quartéis que foram criados pela Metrópole.
Guarda dos Ferreiros está
situada na divisória das águas das bacias dos rios São Francisco e Paraná. Hoje
a localidade constitui passagem das rodovias de Patos de Minas – ‘‘Rodovia do
Milho’’ BR-354, às comunas do Alto Paranaíba: São Gotardo, Rio Paranaíba,
Arapuá, Carmo do Paranaíba, Lagoa Formosa e Patos de Minas.
Política: Câmara e Prefeitos
No Brasil, as cidades eram
gerenciadas não por prefeitos, mas pelas Câmaras Municipais: comissões formadas
pelos chamados “homens bons”, ou seja, homens ricos e influentes que eram
eleitos para decidir diversas questões referentes aos cuidados e medidas
dirigidas a uma determinada região. De forma geral, uma câmara municipal tinha
a incumbência de controlar as rendas e gastos da administração pública do local,
regulamentar as atividades comerciais desenvolvidas nos arredores da cidade,
cuidar da preservação e limpeza de todo o patrimônio público e empreender a
realização de obras públicas.
Tal sistema permaneceu até 1930,
quando, com a Revolução de 1930 e o início da Era Vargas, criou-se a figura do
prefeito a quem era atribuído o poder executivo, cabendo à Câmara o poder
legislativo.
O prefeito, a partir da
Constituição de 1934, passa a ser escolhido pelo povo, mas, durante os vários
períodos ditatoriais da história do Brasil, por vezes o cargo voltou a ser
preenchido por apontamento dos governos federal ou estadual.
Veja a seguir um pouco da
história política e quem foram alguns dos principais governantes de São
Gotardo.
Em 1917, Frederico Coelho Duarte
foi reeleito presidente da Câmara, sendo o vice-presidente o Sr. Antônio Lopes
Fonte Boa.
Em 1919, Frederico Coelho foi
substituído por Antônio Lopes Fonte Boa. Em sua gestão foi inaugurado o Grupos
Escolar Afonso Penas (24 de fevereiro de 1920).
Em 1922, as eleições foram
tensas, com troca de acusações entre dois dos três líderes das chapas
concorrentes: Cel. Frederico Coelho Duarte e Antônio Lopes Fonte Boa. Contudo a
chapa vencedora foi aquela liderada por Pedro Henrique Bougleux e formada,
ainda, pelos vereadores Severino da Costa Ferreira, Francisco da Costa Marândola,
Trajano Teodorino da Silva.
Em 1927 foi eleito o Cel. José
Alves Franco, substituído em pouco tempo pelo vice Antônio Lopes Fonte Boa
A Revolução de 1930, que levou
Getúlio Vargas à presidência do Brasil, São Gotardo ficou sem sua Câmara
Municipal, sendo nomeado como interventor o Sr. João Ferreira Noronha, cujo
sucessor foi o Dr. João Anatólio de Lima que iniciou a construção da
hidrelétrica do Rio Abaeté.
Em 27 de agosto de 1934, assumiu
o primeiro prefeito constitucional de São Gotardo, o farmacêutico Bento
Ferreira dos Santos. Em 1946 passou a prefeito ditatorial.
Em sua gestão houve
melhoramentos: perfuramento dos primeiros poços artesianos, calçamento de ruas,
inauguração da Usina “Força e Luz do Rio Abaeté”, etc.
A primeira Câmara Municipal com
poderes somente legislativos foi instalada em 5 de fevereiro de 1948, sendo
presidente Randolfo da Silva Prados e vice-presidente João Alves Franco.
Em 1947, foram nomeados
prefeitos João Alves Franco e o vice Sebastião Fonte Boa. Substituídos no mesmo
ano por Oscar Prado, que não assumiu o cargo, ocupado pelo vice Dr. Erival
Ladeira até 1949.
Em 1950, Raimundo Mendes,
presidente da Câmara, funcionou como prefeito.
De 1951 a 1954, Joaquim Ferreira
Prado foi o prefeito.
Em 1955, Ciro Franco assumiu a
prefeitura.
Em 1959, José Caetano Ribeiro
liderou a prefeitura.
Com mandato de 4 anos, em 1963,
Dr. Erival Ladeira assumiu a prefeitura.
Com mandato de 5 anos, Erotides
Batista e seu vice, Antônio José da Silva, governaram de 1967 a 1971.
José Rodrigues Ribeiro e Augusto
José da Silva (vice) foram eleitos para a prefeitura e 1971.
Em 1973 foram eleitos José Luiz
Borges e o vice Altino Ferreira, para mandato de quatro anos.
Primeiro Juiz
O primeiro Juiz Municipal,
nomeado para servir o Termo, foi o dr. José de Assis Rocha, que chegou à Vila
em 1918. Foi recepcionado com uma bela saudação, expressiva do regozijo de que
se achavam os habitantes do município, podendo contar em seu meio como primeiro
Juiz Municipal um magistrado portador de cultura aprimorada e caráter íntegro.
Estrada de Ferro
Na década de 1920, São Gotardo
seria atingida pela “Estrada de Ferro Paracatu” que já beneficiava Dores do
Indaiá. A ferrovia partia de Pitangui e se destinava a Paracatu. A construção
prosseguia rumo a Barra do Funchal, 24 quilômetros da cidade de São Gotardo. O
município de São Gotardo acalentava a esperança de beneficiar-se com estrada de
ferro e havia mesmo muito entusiasmo pela sua conquista. Mas o tráfego na
ferrovia foi enfraquecendo até que desapareceu e foi suprimido. Então a obra
gigantesca foi sepultada sem que houvesse um motivo justo.
Força e Luz
A primeira instalação de luz elétrica em São
Gotardo deve-se ao industrial Jerson Duarte Coelho, que empreendeu a construção
da usina em 1920, utilizando-se da queda d’água que movia o engenho de açúcar
de seu sogro, Cap. José Batista Ferreira. O Local era na parte baixa da cidade,
à margem do Córrego Confusão. Foram colocados, então, na vila de São Gotardo,
100 postes de iluminação.
Não passaram 12 anos e a
capacidade da Usina não atendia às necessidades locais, por isso surgiu a ideia
de construir outra com mais energia. Isso se deu graças aos esforços do, então
prefeito, João Anatólio Lima. A inauguração foi em 1936.
Com o correr do tempo, a
produção da Usina não ofereceu a energia necessária, daí surgiu o propósito de
se cogitar da instalação de uma terceira usina elétrica para a cidade. A nova
usina na barragem do Rio Abaeté foi terminada em 1953.
O Telefone
No dia 22 de julho de 1922, Francisco Rezende
Filho, fazendeiro, inaugurou uma linha de telefone particular, entre sua
fazenda e a casa de residência do Cel. Antônio Luciano Pereira. A linha durou
apenas alguns anos.
Pelo ano de 1955, Ciro Franco,
prefeito municipal, entrou em entendimento com a firma Ericson do Brasil,
especializada em istalações telefônicas, para vinda a São Gotardo de um técnico
da especialidade, o que se verificou com o Sr. Vital Muniz Hilson.
Em 1958 organizou-se pelos
senhores Francisco Rezende Filho, José de Castro Prado e Olavo Bilac Rezende, a
empresa “Cotesago”, Companhia Telefonica de São Gotardo.
A instalação do telefone
interurbano realizou-se em caráter festivo em 1968.
Automóvel e Rodovia
Pelo ano de 1923, chegava o
primeiro automóvel a São Gotardo. Denominava-se Ford, vulgarmente conhecido na
época como Guarda-Louça.
Em 1972, inaugurou-se a Rodovia
do Milho, BR-354, de asfalto, ligando a Rodovi BR-262 à cidade de Patos de
Minas.
Em 1974 foi inaugurado o trecho
asfaltado ligando São Gotardo a Guarda dos Ferreiros, numa extensão de 10
quilômetros.
Cemitério
O cemitério que existiu no local
onde se encontra a igreja Matriz, à praça Olegário Maciel (atual praça Sagrado
Coração), foi demolido pelo motivo de estar situado dentro da cidade, o que não
era recomendável.
Por volta de 1945, foi
construído o atual cemitério em um lugar adequado, seguimento da avenida Rio
Branco. O terreno foi doado pelo Cel. Antônio Luciano Pereira.
Imprensa de São Gotardo
O primeiro jornal local foi o
‘‘São Gotardo’’, de formato 40x30, semanário. Um grupo de patriotas com a
participação da Câmara Municipal, organizou a empresa com o capital de três
contos de réis.
Circulou o primeiro número em 11
de junho de 1922, sob a direção de Antônio Lopes Fonte Boa. O ‘‘São Gotardo’’
após a face do primeiro redator, teve os seguintes redatores: Major Venâncio de
Castro com o número 14, permanecendo até o n.º 24; Dr. José Soares de Carvalho
e em seguida, Camilo Boaventura e Maurício Ferreira de Souza.
Outros jornais que tiveram
publicidade:
· “Mata da corda”: de 1924 a 1927,
redação inicial de Dr. José Soares de Carvalho.
· “A verdade”: de 1932, diretor-redator
Dr. José Maria Álvares de Abreu.
· ‘‘A Tarracha’’, propriedade de Antônio
F. do Nascimento, pequena folha humorística, circulou em 1924, com apenas 5
números.
· ‘‘O Prego’’, dirigido por um grupo de
moços do lugar. De pequeno formato, chegou a editar-se com apenas cinco números.
· “Guri”: Em maio de 1929, dirigido pelo
então jovem e já saudoso Astolfo Bueno Passos, com a vida de doze números.
· “Minas Brasil”: 1936, dirigido pelo
jornalista Sebastião Gomes”.
· ‘‘Folha de São Gotardo’’: 1940, teve o
primeiro número em 18 de agosto, com redação de Rui de Araújo Lima, que em
1957, voltou sob a direção do professor Carolino de Sá e redação de Ronan
Rezende e Antônio Cardoso.
· “Correio do Oeste”: 1953, sob direção
de Alcino Rego, duração de 14 números.
· “O Estudante”: 1955, organizado pelos
alunos do Ginásio e Escola Normal. 1962, pela União Estudantil de São Gotardo,
sete números.
· “O Mineirinho”: pequena folha doa
alunos do Grupo Escolar “Conselheiro Afonso Pena”, redação do aluno Vicente de
Paula Ribeiro.
· ‘“Jornal S.G.”: organizado pelos
jovens universitários de São Gotardo.
· “Gazeta de São Gotardo”: de 1964 a
1965, sob direção de Paulo Menezes.
· “Integração Estudantil”: dirigido por
um pequeno grupo de estudantes, com liderança de João Bosco Ferreira.
Um elemento valioso e
fundamental na evolução do passado da cidade é a velha máquina tipográfica que
se encontrava nas oficinas do jornal ‘‘Informativo S. G.’’. Nela foi impresso
em 1922, o primeiro jornal dessa cidade.
Grupos Escolares e Colégios
A primeira escola primária
pública que funcionou no Arraial de São Sebastião de Pouso Alegre foi regida
pelo professor João Jacob, nos anos 1885 a 1886, sendo que anteriormente as
primeiras letras eram ensinadas por meio de escolas particulares.
Em 1914, outro professor ocupou
a cadeira, o são-gotardense: Vigilato Brasileiro. Nessa ocasião, surgiram as
classes separas por sexo.
Chegou a era do Grupo Escolar,
que foi criado pelo decreto 3.557 de 1 de abril de 1913. O primeiro teve o nome
de Grupo Escolar Afonso Pena Júnior. Por proposta do Inspetor Alberto da Costa
Matos foi organizada a Caixa Escolar Cel. Fonte Boa, anexa ao Grupo.
O Grupo Escolar Professor Balena
foi criado pelo decreto 4.858 de 1955 e instalado no dia 29 de janeiro de 1956.
Grupo Escolar Oscar da Silva
Prados foi criado no ano de 1964 e se acha funcionando com real proveito.
O primeiro estabelecimento de
curso secundário que existiu em São Gotardo foi o Colégio São Geraldo, de
propriedade do professor Oscar Rodarte. Porém, só funcionou durante 11 meses.
Ginásio Estadual Pio X: foi em
maio de 1953 que um grupo de patriotas composto por: Padre José Lima; o
Prefeito, dr. Erival Ladeira; Vice-prefeito, dr. José Pereira de Queiroz, tomaram a
iniciativa da criação de um ginásio na cidade.
Ginásio e Escola Normal
Municipal: dirigido pelas devotas Irmãs Franciscanas, foi um educandário que
tem uma administração digna do maior apreço e estima da sociedade. Teve sua
origem no ano de 1938.
Aconteceu que estas servas de
Deus, de uma noite para o dia, apressaram sua mudança e abandonaram o
educandário, deixando os alunos em situação difícil na conduta de seus estudos.
Nesta altura, a Prefeitura
convida o professor Carolino de Sá para dirigir o educandário, funcionando
poucos anos.
Religião Católica: padres e
vigários
A primeira missa foi celebrada
no povoado nascente pelo padre José Francisco, capelão do vizinho arraial de
Santo Antônio dos tiros. O sacerdote preferido das redondezas para ministrar o
ofício religioso.
Em 1842, as famílias Lopes e
Rodrigues se instalaram nas fazendas Gameleiras e Broas, a dezoito quilômetros
do povoado, trazendo em sua companhia os padres João Paulino e Antônio Estévão.
João Paulino tornou-se capelão com o falecimento de Estévão. Quando Paulino
faleceu, foi substituído pelo Padre Cidrão, cujo sucessor foi João Gonçalves de
Freitas, em 1955.
O povoado que tinha o nome de
Confusão, em 1852, passou a denominar-se “São Sebastião do Pouso Alegre”.
Eclesiasticamente pertencia ao bispado de Olinda (Pernambuco), do qual se
desmembrou conforme o decreto Consistorial de 17 de setembro de 1860, passando
a diocese para o bispado de Mariana.
Pelo ano de 1864, construiu-se a
igreja Matriz no local da capela, a qual existiu até por volta do ano de 1955,
quando foi impiedosamente demolida.
Era Frei Paulino portador de
qualidades espirituais, que o credenciavam valoroso apostolo da religião, foi o
construtor das varandas laterais da igreja do arraial da Confusão; foi o
pioneiro batalhador na construção do antigo cemitério, em cujo local se
encontra a atual Matriz da cidade; construiu chafariz público; elevou, em 1873,
o Cruzeiro de madeira de aroeira à frente da igreja Matriz demolida.
Após Frei Paulino, o padre
Miguel Kerdole Dias Maciel permaneceu à frente da igreja até 1896. Elegeu-se
deputado provincial e foi ator do projeto de lei que deu o nome de São Gotardo
à cidade, em 1885, em homenagem ao seu fundador.
O padre Omar Nunes Coelho esteve
à frente da paróquia de 1943 a 4952, e teve papel importante na conclusão das
obras da Matriz, principalmente quanto à colocação dos vitrais, doados por
famílias são-gotardenses cujos foram colocados nos vitrais.
A comissão encarregada da
construção da igreja Matriz foi constituída dos senhores: Dr. Jair Reis, Padre
José Batista dos Santos, Pedro Fonseca, João Alves Franco e José Montuori,
todos falecidos.
Depois desse sacerdote,
encontra-se o padre José Lima, um dos pioneiros na fundação do Colégio São Pio
X, tendo sido seu diretor.
Por ato de 24 de abril de 1973,
Sua Santidade o Papa Paulo VI nomeou o padre José Lima para bispo de
Itumbiara-GO. Em 15 de julho realizou-se a sagração episcopal.
Obras Sociais e Filantrópicas
No setor da filantropia, existe
em São Gotardo uma instituição de caridade que é o asilo de “São Vicente de
Paula”, cuja inauguração foi em 13 de outubro de 1957.
É digno de menção que o vigário
padre José de Lima foi elemento propulsor da fundação das obras sócias
“Associação de Proteção à Maternidade e a Infância” - Casa da Criança- Lactário
onde o leite era distribuído aos menos favorecidos.
Tradições Históricas
Desaparecidas
São Gotardo ao basear-se no ano
de sua fundação, em 1836, conta sua existência de 140 anos.
Contudo, não se observa, na
cidade, grandes intentos de preservação de seu patrimônio histórico e cultural,
haja vista a demolição de alguns prédios importantes como:
· O Edifício da Cadeia e Foro, que se
localizava na av. Presidente Vargas, onde hoje é o Fórum. O prédio foi
construído para o fim da instalação do município em setembro de 1915;
· A primeira Igreja Matriz, que era na
praça de São Sebastião. Foi construída mais ou menos entre 1863/1864. Não
possuía um estilo definido, pertencia à construção das igrejas antigas do
interior, de adobe e pau a pique. Pela frente da igreja estava a grande cruz de
madeira “aroeira” muito alta, figurando em seu perfil os instrumentos do
martírio: martelo, torques, etc. Os dois coqueiros ao lado da cruz, foram
plantados por frei Paulino em 1873, as duas legendarias palmeiras foram
brutalmente açoitadas por vendavais e granizo.
· O antigo prédio da Escola Normal
Municipal.
Cinquentenário de São Gotardo
“O aniversario de uma cidade há de ter,
sempre, uma significação própria para seus habitantes e para mesma historia
futura, já que cada ano que transcorre representa o marco na vida”.
Com expressivas festividades o município comemorou na semana de 12 a 24 de outubro de 1965 o seu cinquentenário de emancipação. Dentre os eventos da festividade houve:
· Desfile com carro alegóricos,
escoteiras, blocos de cavaleiros, moçambiques, máquinas agrícolas, etc.
· Missa e Bênção de inauguração do
Cristo Redentor na praça Olegário Maciel que hoje é a praça Sagrado Coração.
· Cerimônia de entrega dos títulos de
cidadão honorário são-gotardense aos seguintes bem feitores desta terra: Bento
Ferreira dos Santos, Dr. José Gonçalves Ferreira, Gerson Duarte Coelho, Dr.
Otaviano Ordones de Castro, Dr. Afonso Geraldo Soares Ferreira, Dr. Gerson de
Abreu e Silva, Erotides Batista, e outros.
· Baile de gala animado pela orquestra
Marajuara de Bauru, São Paulo, ocasião em que foi eleita a Rainha da cidade,
senhorita Marília Bueno.
59° aniversário e esporte
Em 30 de setembro de 1974, ao
ensejo da comemoração do 59º aniversário da cidade, com presença de autoridades
em geral e grande assistência popular, houve a inauguração da rodovia de 10 km,
ligando em puro asfalto a cidade de São Gotardo ao trevo da rodovia do Milho –
BR-354- em Guarda dos Ferreiros. Em seguida inauguraram-se o Campo de Aviação
e, na cidade, o prédio novo do Fórum.
Os Governos Federal e Estadual
implantaram no município o Programa do Assentamento Dirigido do Alto Paranaíba
– PADAP- constante de 61.000 hectares de terras.
No dia 13 de agosto de 1922, a
mocidade da época organizou a associação esportiva, denominada “Sparta Futebol
Clube”. Muitos anos depois, na época do Dr. Moacir Ferreira Franco,
construiu-se o “Campo Olavo Bilac de Rezende”.
Aspecto Topográfico – Histórico
da cidade em 1976
A cidade está situada na encosta
de uma colina, derivante da Serra da Mata da Corda. O povoado primitivo foi construído
no maciço da colina.
Na parte antiga da cidade
encontram-se: a praça de São Sebastião, padroeiro da cidade, os dois
tradicionais coqueiros, já mortos, e o Cruzeiro.
Os três Grupos Escolares têm
prédios próprios; a Igreja Matriz; Ginásio São Pio X; Seminário Nossa Senhora
da Abadia; Colégio e Escola Normal Municipal; Companhia Telefônica; Companhia
Vale São Francisco; Correios e Telégrafos; Santa Casa de Misericórdia.
Obras sociais: Lactário; Asilo
São Vicente de Paula; Hospital Pio XII; Hospital São José; Estação Rodoviária
(na praça São Sebastião); Companhia de Armazéns e Silos de Minas Gerais.
Refrigerantes, Indústria de
esquadrias de construção, fábrica de acolchoados, cerâmica, fábrica de laticínios, Posto Volkswagen DN-4067- venda de automóveis.
Em construção o Colégio Sagrado
Coração, de propriedade das irmãs Franciscanas.
Na área cultural e social: São
Gotardo Social Clube, Centro Cultural João XXIII, Lions Clube, Ginásio Esgrima
Clube, Sparta Futebol Clube, Cine São Luiz, Centro Estudantil, Clube Campestre
(recém-inaugurado)
Bancos: Mercantil do Brasil,
Banco do Brasil, Real, Caixa Econômica Federal.
Dos principais produtos do
município, predominam na lavoura o café. Também o milho é produzido em alta
escala, assim como a cana de açúcar.
Na pecuária: criação e recriação
de gado, toucinho, leite (vendido especialmente para a Companhia Nestlê,
instalada na cidade).
A Estação Rodoviária centraliza
uma grande rede de ônibus, com ligação para Belo Horizonte, Araxá, Uberaba,
Patos de Minas, Ibiá, entre outros.
Pesquisa: Lohane Stefany Araujo Garcia e Luiz Gustavo
Santos, 3o ano 04.
Fonte: FERREIRA, José Gonçalves. História de São Gotardo.
Edição da Prefeitura de São Gotardo. 1976.
Parabéns aos alunos Lohane Stefany e Luiz Gustavo Santos pelo trabalho que conta a história de São Gotardo e à Escola Estadual Cel.Oscar Prados pela iniciativa e apoio aos alunos. Nasci em São Gotardo e mudei da cidade aos quatro anos. Através desse trabalho, tive a oportunidade de conhecer a história de minha terra natal e de toda a minha família.
ResponderExcluirParabens ficou muito bom assim vcs ajudam muito nos trabalhos de escola ah e tb apredem passando aprendisado ......................................................................................
ResponderExcluirNASCI E MORO EM SAO GOTARDO HÁ MUITOS ANOS, E NAO CONHECIA A HISTORIA DE SAO GOTARDO TÃO PROFUNDAMENTE. PARABENS AOS ALUNOS PELO TRABALHO DE PESQUISA. GARANTO QUE VOCES FIZERAM COM MUITO AMOR . SAIBAM QUE DERAM A MUITOS A OPORTUNIDADE DE CONHECER MAIS SOBRE NOSSA QUERIDA SAO GOTARDO.
ResponderExcluir